2007/07/25

TRIBUTO À UMA PRINCESA MORTA!

TRIBUTO A UMA PRINCESA MORTA

Mariana foi condenada a morte. Condenada e executada sem chance de qualquer defesa. Seu crime? Ela teve a audácia de desafiar a incompetência, imprevidência, irresponsabilidade e descaso das nossas autoridades dirigentes, dos órgãos (ir)responsáveis de um Presidente da República tíbio e oscilante na resolução de um problema que todo cidadão medianamente informado tem como resolver. Mariana comprou uma passagem aérea no vôo 3054 da TAM. Comprou assim a sua pena capital. Voou até Porto Alegre para uma entrevista com a finalidade de assumir um emprego numa ONG internacional, cujo objetivo é a defesa dos direitos humanos no planeta. Mariana era advogada, especialista em direito internacional na área de meio ambiente e intransigente na defesa da água como direito da humanidade. Tinha um currículo invejável e era respeitada internacionalmente em vários países onde proferiu conferências, publicou trabalhos e participou dos grandes colóquios sobre o assunto. Não voltou para casa. Foi executada criminosamente junto com aproximadamente cento e oitenta pessoas ao embarcar em um avião que previamente se sabia ser portador de um defeito mecânico. A pergunta que sempre fica nessas circunstancias é:

DE QUEM É A CULPA?

Infraero, Anac, Cindacta, Decea, Fab, Ministros, PresidenteLula, companhias aéreas?

Essa são algumas das entidades (ir)responsáveis pela aviação civil no país. Onde estão as autoridades dirigentes que há nove meses, desde o acidente aéreo com o avião da GOL, vêm assistindo à crises sucessivas no setor aéreo, constituindo-se no caos administrativo cujo resultado são os péssimos serviços oferecidos àqueles que por ventura necessitam utilizá-los? Fruto do progresso, do desenvolvimento, ministro Mantega? Relaxar e gozar ou mais apropriadamente relaxar e morrer, sexóloga Marta Suplicy? Bem, não é culpa do governo e sim da companhia aérea. Que se fo..., não é ministro MarcoAurélio Garcia? E o que acha disso tudo o Presidente Lula? Até o momento que escrevo este texto não houve pronunciamento do chefe da Nação. A sociedade brasileira precisa dar um basta a essa situação. Somente nosso grito pode acordar os torporosos dirigentes. Não há comando. Estamos ao sabor da procela. Quero neste momento de dor me solidarizar com os familiares das vítimas dessa catástrofe. Unidos, nosso grito de dor e de revolta será mais forte. A minha princesa Mariana, estou certo que encontrou a paz. Condenaram-na à morte e a executaram. A linda pessoa que era, cheia de vida e projetos, devolveram-me sob a forma de um pedaço de carvão. Que a morte dela não tenha sido em vão. Suscito a todos que lerem este texto que lutem e mostrem sua indignação com os fatos ocorridos, para que outras pessoas não paguem com suas vidas pelo descaso e o desrespeito das autoridades. Adeus minha princesa. Deus está contigo. Nós te amamos.

Luiz Carlos Sell e família

Pai de Mariana Suzuki Sell,

Vítima do acidente aéreoVôo TAM JJ3054.

21/07/07

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